quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

"Me sinto mais feliz aos 40 do que aos 30" Revela Penélope Nova


Penélope Nova estrela um ensaio para celebrar a nova fase. Aos 41 anos e de bem com a vida e com o físico, a apresentadora afirma viver um ótimo momento. "Dos 13 aos 31, fui para academia de camiseta, mas tinha vontade de ir com top. É uma realização meu físico de hoje. É importante ter saúde emocional na hora de malhar. Quando você encontra um resultado estético, é muito bom", diz.
Solteira e feliz, como ela mesma define, Penélope conta que lida bem com o fato de não ter filhos e vive em uma casa de sete mulheres: ela e seis cadelas: "Uma parte de mim adoraria ser mãe, adoraria gerar um filho. Contemplei isso em algum momento da minha vida. Mas ser mãe é mais do que gerar e não seria mãe apenas para satisfazer desejo egoísta. Outra questão é que tenho resistência à ideia de que a mulher seja mais mulher com a maternidade. Eu refuto esse discurso. Essa é uma ideia castradora. Não acho que a maternidade torna uma pessoa melhor que outra".

QUEM: Como define seu momento atual?
PENÉLOPE NOVA: Aprendi a não levar as coisas tão a sério. Estamos em um momento em que o ego das pessoas prevalece e isso aprisiona. Não gosto de cagar regra. Como tem gente sábia nas mídias sociais, né? É uma sabedoria... Acho que as pessoas precisam assumir a responsabilidade pelo que fazem e não se esconder atrás do anonimato que as redes permitem.

QUEM: Você lançou o programaP&Ponto na web, em que fala sobre sexo. Já teve algum desconforto por abordar o tema?
P.N.: É uma grande saudade que estou matando. É muito bom o gostinho de voltar para frente das câmeras, minha casa. Sempre quis poder voltar a fazer um programa assim. Nunca me senti intimidada. No máximo, fico intrigada, curiosa. Às vezes, tem coisas que me surpreendem e isso é bom. Acho que o desconforto tem a ver com o julgamento. Eu não julgo. Sou uma curiosa com a vida dos outros para que eu possa aprender. Não tenho essa tendência para o julgamento. Sou mais da aceitação. Minha maior alegria é que não encaro como um trabalho e, sim, como uma realização.

QUEM: Você acha que estamos avançando ou a sociedade vive um retrocesso?
P.N.: De maneira geral, acho que a gente avança. Por exemplo, conquistar o direito da união homoafetiva é um avanço. Tenho o maior carinho pelo público gay. Brinco que sou um veado que nunca foi operado (risos). Mas, por outro lado, acho que a gente encaretou. A abertura da novela das 7 [Brega & Chique, de 1987] tinha um pelado com a mão no bolso. Mas o beijo gay causa muita comoção. No Brasil, a gente adora viver as aparências. Tem o Carnaval cheio de gente pelada, mas há toda uma grande polêmica para um beijo gay na novela... Ficamos muito no discurso.

QUEM: Essa mania de muito discursar e pouco agir, te incomoda?
P.N.: Detesto aquele clássico “sou brasileiro e não desisto nunca”. Eu desisto. É importante reconhecer aquilo que não vai pra frente. Desisto toda vez que não dá certo.

QUEM: De uns tempos pra cá, você tem chamado a atenção pelo físico...
P.N.: Há três anos coloquei no ar meu blog, Acredita, Bonita, no ar. A minha mudança estética aconteceu em 2004. Era mais cheinha antes disso. De lá pra cá, vim melhorando.

QUEM: Você está com o físico em dia aos 40 anos...
P.N.: Consegui mudar de físico aos 30 e consegui melhorá-lo aos 40. Hoje, há tratamentos estéticos e penso que estou melhorando com o passar dos anos. Sempre fiz atividade física e busco resultado estético desde os 13 anos. Demoraram 18 anos para que eu encontrasse o caminho correto.


QUEM: Fez regimes rigorosos, dietas malucas antes disso?
P.N.: Teve muita dieta maluca. Tomei remédio para emagrecer aos 15 anos e, detalhe, com remédio prescrito pelo médico. Não era loucura minha, era loucura prescrita. Hoje, como com o foco de ser saudável. É um hábito. Não é uma fórmula pronta. Vivo de dieta e isso está longe de ser uma dificuldade para mim.

QUEM: Passa muitas privações alimentares?
P.N.: Na minha dieta não tem algo que eu não goste. Não pode passar o fim de semana com pizza, milkshake de Ovamaltine, sanduíches, hambúrgueres e voltar à dieta na segunda-feira achando que tudo ficará bem. É importante ter a ajuda de um profissional no início. Não tem nada que eu não possa, mas evito. Gostaria de comer seis Kit Kat por dia? Sim. Mas tem que ter controle. Dependendo do mês, eu como 24. Dependendo do mês, eu como 4.

QUEM: O que você não come de modo algum?
P.N.: Não como glúten, laticínios, açúcar, fritura e farinha branca. De segunda a sábado, corto tudo isso. O meu dia livre é aos domingos. Por mais que eu queria enfiar o pé na jaca, não consigo. Adquiri uma consciência. Por exemplo, quando eu era criança, amava pastel de feira. Atualmente, quando eu vou à feira, não percebo o mesmo prazer. Meu paladar mudou. Hoje, sinto prazer comendo meu mingauzinho (risos).

QUEM: Mingau? Que mingau é esse?
P.N.: É um mingau de aveia com leite de castanha, cacau um pó, coco orgânico e banana. Este é meu café da manhã. Se estou morrendo de um doce, como um acabate.

QUEM: Seu atual físico foi conquistado aos poucos.
P.N.: Não foi uma dieta do dia para noite. Comia pão integral, depois passei a comer pão de arroz com manteiga indiana feita artesanalmente.Ou você foca no resultado e faz a escolha, ou você aprende que não dá para ter resultado comendo o que bem entende. Estou muito feliz com meu físico. Não quero ser melhor do que ninguém.

QUEM: Você sempre teve vontade de ter um físico em dia?
P.N.: Dos 13 aos 31, fui para academia de camiseta, mas tinha vontade de ir com top. É uma realização meu físico de hoje. É importante ter saúde emocional na hora de malhar. Quando você encontra um resultado estético, é muito bom. E quando falo isso não é por ego. Ego é imbecil.

QUEM: Além do trabalho na web, você vai circular com o P&Ponto. Como é isso?
P.N.: Em breve, a gente quer o P&Ponto viajando por diversas casas noturnas do país. Adoro receber o carinho do público, tenho um grande público gay. Não sou homossexual, mas defendo e abraço as causas deles. Sou megacarente e é ótimo perceber que as pessoas gostam de mim.


QUEM: Você disse que é carente. Carente como?
P.N.: Acho que todo mundo é carente. A maioria das pessoas é, mas não acha legal dizer. Entendo carente como sensibilidade. É importante valorizar sentimentos verdadeiros e relações perenes.

QUEM: Você está solteira?
P.N.: Estou solteira e estou bem. Saí de um relacionamento de dez anos. De longe, um relacionamento muito importante para a minha vida. Hoje, moro na casa das sete mulheres: eu e seis cadelas – Consuelo, Olga, Gisele, Úrsula, Mischa e Teodora. São todas adotadas. Tenho uma ligação forte com animais abandonados. Adotar é tudo de bom.

QUEM: E você tem vontade de ser mãe?
P.N.: Uma parte de mim adoraria ser mãe, adoraria gerar um filho. Contemplei isso em algum momento da minha vida. Mas ser mãe é mais do que gerar. Não seria mãe apenas para satisfazer desejo egoísta. Outra questão é que tenho resistência à ideia de que a mulher seja mais mulher com a maternidade. Eu refuto esse discurso. Essa é uma ideia castradora. Não acho que a maternidade torna uma pessoa melhor que a outra

QUEM: Os 40 anos te trouxeram mudanças?
P.N.: O que mudou foi pouco, mas a idade é boa para reflexão. O que mudou ao longo da década foi para melhor. Me sinto mais esclarecida, mais segura e, além de tudo, minha saúde está melhor. Me sinto mais feliz aos 40 do que aos 30. Tem quem tenha medo de envelhecer. Medo? O medo deve ser respeitado. O medo é ótimo. Ele te chama pra responsabilidade. Ele te prepara para o que está por vir, só não podemos nos dominar por ele. Não adianta ter uma ultrasuperconfiança baseada no nada.


Fonte: http://revistaquem.globo.com/

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